segunda-feira, 12 de novembro de 2012

MÁRIO CASA NOVA MARTINS CRITÍCA RETRATOS DE GENTE EM PROCISSÃO


http://avozportalegrense.blogspot.com.es/2012/11/rui-manuel-aragonez-marques_12.html


A VOZ PORTALEGRENSE

SEGUNDA-FEIRA, NOVEMBRO 12, 2012

Rui Manuel Aragonez Marques

Retratos de Gente em Procissão
de, Rui Manuel Aragonez Marques
 
Para os católicos, a Páscoa é a festa mais importante do seu calendário litúrgico. Antecede-a a Semana Santa, e, por sua vez, em Portalegre antecede esta a Procissão dos Passos do Senhor.
É a manifestação religiosa que mais devotos e devoção concentra e congrega em Portalegre.
O Rui Aragonês, como sempre o tratámos, assiste à Procissão. Todavia, está anos fora de Portalegre, e quando regressa é no dia da Procissão. Então vê gentes que há muito não via, gentes que faziam parte do seu imaginário, da sua infância e juventude. E essa memória traz-lhe recordações que agora quis partilhar.
«Retratos de Gente em Procissão» é uma história e simultaneamente estória. Ao sabor do tempo e do lugar, o Rui, agora Aragonez, discorre de fatos e lendas de Portalegre, e não só. É uma escrita fluida, simpática, amável.
Há ‘ajustes de contas’, principalmente porque as ‘coisas’ nem sempre lhe foram fáceis no CDSA. Mas não é único a fazer as mesmas queixas! Aqueles tempos que o Rui retrata não eram fáceis em Portalegre, cidade fechada de um interior onde as diferenças socias eram marcadas e marcantes.
A Portalegre do Rui Aragonez, nove meses mais novo do que eu e como tal sempre um ano atrás de mim nas escolas, também era a minha. Se para ele o centro era a Rua do Pirão, que se estendia ao Largo dos Combatentes e Café Alentejano, a aminha começava na Rua da Pracinha e ia do Largo de S. Lourenço ao Café Facha. Em comum, o estarmos ambos na cidade antiga.
E é nesta cidade antiga que o Rui é feliz.
De nomes, locais e histórias, assim como das estórias, fala o Rui. Também conhecemos muito do que narra. Mas é nas suas próprias história que a escrita do Rui mais vibra. As suas experiências profissionais, as suas aventuras como agricultor e aviador, enfim, aquilo que ao longo da vida foi vivendo e construindo, são ditas usando uma ‘segunda pessoa’, o António Bernardo Gomes Salvador.
Não é um pseudónimo, será uma vezes a sua consciência a falar, outras é o seu lado de menino que nunca cresceu. E outras o homem que amou. Salvador levará sempre «a carta a Garcia». Salvador é justo e compreensivo. Salvador é o Rui quando se sente em Família e entre os Amigos.
O Rui ao longo do livro passa por diferentes estados de religiosidade, carateriza sociologicamente aquele Portalegre, e dá um testemunho da sua vida, sem se importar dos julgamentos que dela venham a fazer.
Será «Retratos de Gente em Procissão» um livro datado, um livro de uma geração? É sempre. Por mais que se não queira, as Memórias são sempre datadas, localizadas e focalizadas.
Então, que se leia e se guarde esta obra, e dela se diga ser de um tempo em que o Autor foi feliz.
O Rui fez-nos voltar atrás no tempo, e também nos fez ser novamente meninos, meninos felizes.
Mário Casa Nova Martins


Os agradecimentos de
 TrazTraz Serviços Raianos
 em nome do autor
 Aragonez Marques
 pela critica de
 Retratos de Gente em Procissão
feita por 
Mário Martins

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